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Innocence - Capítulo II

26 de maio de 2011




Olá gente! Como toda quinta-feira, aqui está o segundo capítulo da Fanfic Innocence! Para quem, ainda não leu o primeiro, pode lê-lo aqui, postado anteriormente no blog. Então é isso, uma boa leitura, e nos vemos na próxima quinta. Ah! E não esqueçam de deixar a opinião de vocês sobre a história! Beijinhos.



Capítulo Dois - Por mim

Pov Bella

Já estava escuro. Devia ser por volta das sete da noite e estava extremamente frio. Desenrolei-me dos cobertores, e coloquei com cuidado o travesseiro de mamãe, na cadeira ao lado da cama. A casa estava silenciosa, levantei-me e parei na porta do quarto de papai, abri vagarosamente a porta e espiei dentro. Estava vazio. Desci as escadas e passei pela sala. Ninguém, ele deveria ter saído. Após a morte da mamãe ele anda assim, triste como eu, desanimado, e fazendo uma coisa que nunca fazia, estava bebendo. Mamãe se foi da forma mais dolorosa, e eu com apenas dez anos sofri, e ainda sofro por ela. Afinal ela era minha única amiga, sempre fui à excluída, a diferente... Fui à cozinha, e me lembrei de uma coisa. Não sabia se tinha sido um sonho, ou se fora real, mas sabia que estava em minha lembrança. Um rapaz, alto, que apareceu de repente para mim. Isso foi na cozinha, e de repente um calafrio percorreu meu corpo. Ele disse que voltaria. Seria verdade?

Fiquei entre o corredor e a porta que dava para a cozinha, assombrada... Puxei com força o ar, e segui rumo à cozinha, peguei um copo de água e um pacote de biscoitos, com isso eu ficaria bem acordada a noite. Lendo, desenhando ou meditando, como a mamãe tinha me ensinado. Adorava meditar, ler, era algo de que eu realmente amava fazer. Subi as escadas lentamente comendo um dos biscoitos, cheguei ao quarto, fechei a porta e sentei no chão, de costas para a poltrona. Peguei um dos livros que estava na estante perto de mim, e folheei ainda mordiscando o biscoito.

Concentrada em minha leitura, senti algo fino tocar meu ombro, como se fosse uma brisa fria, leve. Deixei para lá, continuei com a cabeça baixa, concentrada no livro. Ao levantar a cabeça, me assusto. Era ele, sentado em minha cama me encarando.

-AHHH! QUEM É VOCÊ? – Disse assustada me levantando, pegando a almofada na poltrona e sentando nela, usando como um escudo a almofada. – Por favor, não faça nada comigo.

-Calma – Disse ele estendendo sua mão, mas ignorei – Não precisa se assustar. Como prometi vim para te explicar o porquê de minha vinda.

-Eee? – Disse ainda assustada

-Seria mais fácil se você se acalmasse não lhe farei mal.

-Estou calma, agora explique. Quem é você?

-Sou um anjo Isabella. Mais um protetor imaginário, como você preferir chamar – Disse ele muito calmo. Como assim um anjo?

-Um anjo? Tem certeza? – Perguntei desconfiada. Ele riu – Então, onde estão suas asas?

-Nem todos os anjos possuem asas. Sou uma pessoa normal, porém só você pode me ver.

-Sério? Isso é muito estranho. E por que você veio? – Perguntei agora mais calma, mas ainda duvidando de minha mente.

-Enfim, eu era... Deixa para lá... É... Eu sou uma proteção enviada pelo poderoso e a pedido de sua mãe. – Disse ele. Ele conhecia a mamãe?

-Você conhece minha mãe? Como ela está? Por que ela se foi? – Perguntei segurando as lágrimas que ameaçavam escapar.

-Calma Isabella, responderei todas suas dúvidas, todas mesmo. Serei seu amigo daqui para frente, você pode confiar em mim, mas não pode dizer a ninguém de minha existência, isso é extremamente importante, nem para seu pai. Promete que não contará a ninguém?

-Prometo, até que não tenho ninguém com quem compartilhar isso – Eu disse limpando uma lágrima e sorrindo.

-Não chore – Disse ele se levantando e se ajoelhando em minha frente – Você pode confiar em mim, eu era amigo de sua mãe, ainda sou, agora que ela realmente me conhece ficou feliz em recordar.

-Como assim? – Perguntei

-Contarei a você com o tempo, será melhor... Mas preciso conhecer mais sobre você, já que serei seu amigo.

-Meu único amigo. Não tenho amigos, nem amigas, minha mãe, era minha melhor amiga, agora sou eu sozinha. Papai quase não está em casa. – Eu falei triste, e as lágrimas ameaçavam cair novamente.

-Você não precisa chorar. Lágrimas não adiantam, podem amenizar sua dor, mas não exercem uma função legal, só fazem as outras pessoas ficarem preocupadas, entende?

-Acho que sim, você fala difícil... – Eu disse sorrindo e ele me acompanhou – Mas, como é seu nome mesmo?

-Edward – Disse ele sorrindo.

-Você é bonito – Eu disse sorrindo sem graça e ele sorriu para mim novamente.

-Obrigada – Disse ele.

-Não quer me contar um pouco sobre você? De onde você vem, seus pais? Essas coisas...

-Claro. Você deve saber, eu moro no céu.

-Então realmente existe? O paraíso, essas coisas? – Perguntei alarmada

-E para onde você acha que sua mãe foi? – Perguntou ele pegando em minha mão e me levando para sentar na cama.

-Ela sempre me falava, dessas coisas, do céu, do papai do céu... Era interessante, mas eu não sabia certamente se acreditava, claro que, ah sei lá... – Eu disse sorrindo

-Então vou esclarecer para você... Lá existe, é lindo, apesar de eu ser proibido de falar muita coisa, mas lá existe, eu já encontrei sua mãe – Disse ele e fiquei curiosa – Ela ficou muito triste por ter que te deixar, e deixar a seu pai, mas tem certeza que até onde você foi criada, vai superar isso tudo, e pediu para eu te dizer que te ama, e que está olhando você.

Lágrimas caiam de meus olhos, não sei se era de alegria, tristeza, emoção, de saber que mamãe estava bem e que estava me vendo. Acho que ela não ficaria feliz em saber que ando chorando ultimamente...

-Ela ver todos meus atos? Todos mesmo?

-Sim – Disse ele firme – Agora Bella, acho melhor você ir dormir...

-Mas não estou com sono – Eu disse deitada na cama, e ele já estava a puxar a coberta.

-Mesmo assim, amanhã você tem aula. – Disse ele

-Parece a mamãe... Não vou dormir agora.

-Mas eu tenho que ir embora.

-Você vai e eu fico aqui acordada, numa boa – Eu disse tirando a coberta, e pegando outro livro que estava na cabeceira da cama. – Vou ficar lendo até pegar no sono não se preocupe.

-Hm, vou ficar de olho mocinha... Mas agora tenho mesmo que ir.

-Para onde você vai?

-Cumprir minhas missões futuras, tudo que envolva você.

-AH – Eu disse e ele já estava desaparecendo – Edward! – Gritei e só sua voz estava em meu quarto

-Sim?

-Quantos anos você tem? – Perguntei

-Quanto você me dá? – Perguntou ele rindo

-Você tem cara de ainda ser adolescente... Não sei 16, 17?

-Se você está dizendo...

-Não vai me dizer? – Perguntei indignada

-Tenho muito mais que isso, talvez cem, duzentos mais, não se esqueça, anjos só morrem quando caem.

-E como eles caem? – Perguntei, mas o silêncio dominou o quarto. Eu perguntaria a ele depois.

Agora eu estava em dúvida. Será que isso tudo, não passava de um longo sonho no qual eu iria acordar depois? Assustada, com tudo o que aconteceu? Será que nada disso é verdade, que mamãe está ainda aqui em casa, e que nada disso aconteceu que ela ainda me levará para a escola amanhã, que irá me buscar. Dá-me um beijo antes de eu dormir, será? Que amanhã vai ser tudo diferente? Como era antes? Ou será que será diferente, mas mudará tudo completamente?

Eu não consigo raciocinar direito. Talvez esteja tudo muito confuso dentro de mim, e preciso de um tempo para restaurar o meu eu.

Ser anjo não requer asas... Requer mãos nas horas incertas, risos nos dias nublados...” – Sirlei Passolongo -