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Innocence - Capítulo VII

30 de junho de 2011

Oláá!! Aqui está o capítulo sete. Rápido né? Queria agradecer as meninas que comentaram, e as pessoinhas lindas que acompanham a fic. Obrigada, vocês não sabem o quanto fico feliz, quando lêem a história e dizem que gostam. Enfim, beijos e uma boa leitura :**

Com certeza eu iria me atrasar para o colégio. Charlie tinha me avisado que não daria para ele me levar para o colégio, e eu teria que pegar o ônibus escolar. Porém o mesmo já tinha passado a alguns minutos, como eu iria a pé, e também chegaria de qualquer forma atrasada, me arrumei e desci as escadas, indo para a cozinha, comer algo. Engoli rapidamente meu cereal, com um copo de suco e saí, fechando a porta atrás de mim.

Já estava chegando ao colégio, quando a figura apareceu ao meu lado.

-Atrasada? – Disse Edward andando ao meu lado, pegando o passo rápido no qual eu estava.

-Acho que a meditação de ontem me deixou calma até demais. – Eu disse dando um sorriso amarelo, ofegante pelo passo rápido demais. Edward me acompanhava a passadas rápidas também.

-Percebi, dormiu que parecia uma pedra. – Disse ele gargalhando, o encarei séria. Ele levantou os braços, como um ato de redenção. Passei pelos portões do colégio, e fui direto para a diretoria, chegando lá à diretora já me esperava. Às vezes me surpreendia à eficácia desse colégio, quando o assunto era punir.

-Com licença – Eu disse entrando em sua sala e ela fez um gesto para que eu sentasse em sua frente. Ela tinha uma aparência agradável e se chamava Kate.

-Deve me dizer o motivo dessa súbita chegada atrasada, não Isabella? Você é sempre tão pontual. – Disse ela me encarando.

-Desculpe diretora – Eu disse, mas ela me interrompeu.

-Me chame de Kate. Apenas Kate – Disse ela e concordei.

-Desculpe-me Kate, mas é que meu pai não pode me trazer, e perdi o horário do ônibus, então tive que vir a pé, e é uma razoável distância... – Eu disse fazendo cara de culpada.

-Tudo bem, deixarei passar, porque você não é de fazer isso – Disse ela sorrindo para mim. Retribuí o sorriso. – Quando der o horário da segunda aula, você pode ir para a sala – Disse ela e me levantei.

-Obrigada diretora – Eu disse e ela me repreendeu – Opa, Kate. Obrigada Kate – Eu disse sorrindo e saí de sua sala. Edward estava sentado, na verdade esparramado na cadeira do corredor. – Por que não entrou comigo? – Perguntei sentando em cima de suas pernas esticadas sobre o banco. Ele se retraiu.

-Não queria ouvir sermão – Disse ele sorrindo, e fiz uma cara de desgosto para ele.

-Ela não me deu sermão – Eu disse rindo de sua cara decepcionada. – Mas, me fez prometer que não faria novamente – Eu disse sorrindo e a coordenadora passou.

-Perguntou algo querida? – Disse Tânia à coordenadora insuportável.

-Não mencionei seu nome, só falava com meus botões – Eu disse sorrindo e ela se virou. Ela tentava ser simpática, mas creio que suas tentativas eram todas em vão. Não demorou muito e soou o sinal para a segunda aula, segui para minha sala e entrei junto com o professor de matemática. Como sempre, um palhaço estava lá para me zoar assim como a Lauren e sua turminha patética. Eu simplesmente ignorava, não iria perder minha santa paciência com inúteis.

-Enfim turma, antes de tudo bom dia – Disse Ian, o professor. O respondemos com um bom dia bem desanimado – Que isso pessoal, animação é aula de matemática! – Disse ele caminhando pela sala, e todo mundo caiu na gargalhada, realmente ele só poderia estar brincando. – Vocês não gostam de piadas, eu já entendi, mas hoje faremos uma coisa diferente – Disse ele juntando suas mãos e brincando com os dedões. – Faremos trabalhos em dupla. Sobre a história da matemática, olha que divertido.

-AHH professor, por favor, tudo menos história da matemática – Disse alguém lá da frente.

-Será divertido, e além de tudo, irá aproximar a turma – Disse ele sorrindo, revirei os olhos. Seria mais um trabalho que eu faria sozinha, quer dizer, com meu amiguinho invisível... – Vamos formar as duplas – Disse ele e logo, as de origem se formaram, e fiquei sobrando como sempre. – Mas ainda falta a Isabella – Disse ele e todos olharam para mim.

-Não se preocupe comigo, farei sozinha sem nenhum problema – Eu disse sorrindo sem graça para Ian que se aproximava de mim e se agachava na minha frente.

-Por que a isolação? – Perguntou ele. Todos os outros agora não prestavam mais atenção em nós. – Fiz isso para aproximar vocês, fazer da turma grandes amigos.

-Mas é que não dá professor – Eu disse olhando para ele – Todos me excluem desde sempre – Falei olhando para minhas mãos. – Eu já me acostumei não se importe com isso.

-Nada disso, a nota só valerá se o trabalho for à dupla – Era só o que me faltava. – São quantos alunos aqui? – Perguntou ele e todos ficaram em silêncio. Era vinte, um número par. Ou, todos tinham uma dupla, porém se negavam a fazer com a estranha. – Perguntei quantos alunos tem nesta classe – Repetiu ele se dirigindo para frente do quadro. – Tudo bem – Disse ele pegando algo em sua bolsa, e de lá tirou a caderneta de chamada – Ótimo, são vinte alunos. Alguém está em trio aí, eu disse que era dupla. – Voltou ele a repetir – Alguém terá que ir com a Isabella, não quero essa exclusão na minha sala de aula. Isso é algo completamente desnecessário. Você – Disse ele apontando para Leah, uma das garotas do grupinho da Lauren, porém ela era a mais quietinha, a menos extravagante e arrogante, nunca me fez mal. – Leah não é? – Perguntou ele e ela confirmou – Você fará dupla com Isabella – Disse ele, e a Leah concordou numa boa, porém Lauren se Opôs.

-Mas Ian, a Leah é do meu grupo. – Disse Lauren se exaltando.

-Grupo só se dar de três pessoas ou mais Lauren, e eu disse para vocês fazerem duplas– Disse Ian sério, olhando para Lauren que tinha agora sua guarda baixa. – Tudo bem para você, não é Leah? – Perguntou ele e ela concordou – E para você Isabella?

-Tudo bem – Eu disse e a Leah se levantou, rumando a passos lentos até onde eu estava sentada. O professor tinha se virado para o quadro, e anotava tudo o que ele queria para o trabalho.

-Oi – Disse ela se sentando na cadeira vaga ao meu lado. – Queria que você soubesse que não tenho nada contra você, mas é que sou grande amiga da Lauren e... – Começou ela, mas a interrompi.

-Não se preocupe com isso, se você preferir faço o trabalho sozinha e coloco seu nome - Eu disse, mas ela reagiu.

-Claro que não, seria uma injustiça com você. Diga-me o horário e o endereço de sua casa até o final da aula, ou se preferir pode ir pra minha.

-Acho melhor ir para a sua – Eu disse sorrindo sem graça. Edward estaria o tempo todo lá em casa, não que fosse diferente na casa da Leah, mas ele se controlaria mais.

-Tudo bem, depois te passo o endereço – Disse ela se levantando e voltando a se sentar em seu lugar de origem. Comecei a anotar, o que estava no quadro. Seria uma nova experiência e Leah parecia ser uma garota legal. Depois de tudo anotado Ian se virou para a turma.

-Quero esse trabalho para depois de amanhã, ou seja, vocês terão hoje e amanhã para fazer ele. Não o aceitarei depois do prazo, ok? – Perguntou ele e todos concordaram. Incrivelmente Ian passou sua aula toda falando sobre o trabalho e já tinha soado o sinal, com o término de sua aula.

O resto do dia foi cansativo, muitas atividades e assuntos, era para mandar qualquer um pra forca. No final de todas as aulas, Edward já estava na sala esperando-me para irmos, porém Leah tinha voltado para a sala.

-Bella – Disse ela, mas parou – Posso te chamar de Bella, certo? – Sorriu ela sem graça.

-Claro – Eu disse fechando minha mochila e encarando-a.

-O trabalho, a gente pode fazer hoje à tarde se você puder claro. Aqui está meu endereço e o número do telefone lá de casa – Disse ela me entregando um papelzinho – Tudo bem pra você?

-Ótimo pode ser hoje, sim. Que horas é melhor para você? – Perguntei já na porta da sala acompanhada por ela e Edward que já estava me esperando encostado no vão da porta.

-Pode ser as três – Disse ela

-Pronto – Eu disse sorrindo – Até mais. – Ela acenou e foi embora. O corredor já estava vazio. Pelo jeito eu iria novamente a pé para casa.

-Ela parece ser legal, diferente das amiguinhas dela – Disse Edward, fazendo o de sempre, colocando sobre meus ombros seu braço, e andando comigo pelo corredor, rumo à saída.

-Com certeza ela não é igual às outras – Eu disse sorrindo para ele. – Por favor, se comporte hoje na casa dela, não é muito fácil ignorar você, você sabe disso – Eu disso e ele gargalhou.

-Tudo bem, prometo me comportar – Disse ele e quando chegamos ao portão do colégio, uma surpresa. Charlie me esperava, no carro, provavelmente para me buscar.

-Você sabia disso? – Eu disse entredentes, tentando disfarçar, afinal eu estava parcialmente e para os outros falando sozinha.

-Eu não sei de nada – Disse ele sorrindo, na qual a cara dele dizia “eu sabia de tudo, e queria fazer uma surpresa”. Caminhei até o carro e entrei.

-Olá! – Disse ele, me virei e sorri como resposta. – Que tal irmos almoçar juntos? – Disse ele

-Pode ser, mas tenho que voltar logo para casa, tenho que ir para a casa da Leah – Eu disse e ele me olhou com curiosidade.

-Amiga? – Perguntou ele me olhando.

-É pai, pelo jeito sua filha estranha, está começando a fazer amizades – Eu disse debochada e Edward me cutucou, olhei para o banco de trás onde ele estava e sua cara demostrava repreensão. – Desculpe.

-Tudo bem, acho bom você está começando a se entrosar, mas acho que isso demorou um pouco.

-Não quero tocar nesse assunto, por favor. – Eu disse apertando minha mochila em meu colo – Podemos ir?

Sem responder ele deu a partida com o carro. Fomos num famoso restaurante de Seattle, já tinha isso lá, mas fazia muito tempo. Sentamo-nos e com muito silêncio escolhemos nossos pratos.

-Bella... – Começou ele e o encarei – Sei que ainda não me perdoou, mas pelo menos não me ignore, não em sinto bem quando fico assim com você – Disse ele, a voz falhando. – Sei que o que fiz foi imperdoável, mas pense, por favor, em uma única chance para mim, foi tão difícil para você quanto para mim, a nossa perda, talvez um pouco mais sofrida por mim, mas não deixou de ser o mesmo sentimento.

-Tudo bem pai, esqueça isso, ok? – Eu disse, e quando ele iria falar alguma coisa, nossos pratos chegaram e comemos em silêncio. Ao acabarmos, ele pagou a conta e fomos para casa. Assim que cheguei fui tomar banho e me arrumar, afinal já iria dar três da tarde. Terminei de me arrumar e desci na esperança de Charlie ainda estar em casa, para me dar uma carona, e ele estava. – Pode me dar uma carona? – Perguntei e ele se levantou do sofá.

-Claro, já estava mesmo de saída – Disse ele e fomos – Onde fica a casa de sua amiga?

-Bem perto da fronteira oeste, perto do lago – Eu disse e ele concordou, num gesto que demostrava que sabia onde ficava. Não demorou muito e estávamos na casa onde Leah tinha escrito o endereço, não era bem uma casa e sim um condomínio. Desci do carro e fui à guarita – Boa tarde – Eu disse e um segurança apareceu na janelinha.

-Você deve ser Bella, não é? – Disse ele e concordei – Pode entrar, você pode ir direto por essa rua é a última casa a direita. – Disse ele e acenei para Charlie que me esperava entrar. O condomínio era realmente luxuoso, e em seu lado direito, tinha uma bela vista para o lago, que ficava a privilégio das pessoas que moravam do mesmo lado. Logo Edward apareceu.

-Bacana essa sua nova amizade né? Espero que não se esqueça dos mais dignos – Disse ele levantando os olhos.

-Claro que não me esquecerei de você, seu tolo. É apenas um trabalho. – Eu disse sorrindo. A rua era realmente extensa, mas com passadas largas, logo cheguei a casa 27 a última da rua, no lado direito, a casa da Leah. Tinha uma bela faixada, em tons claros e escuros de azul. Dois longos pinheiros estavam na entrada. Aproxime-me da entrada e toquei a campainha. Logo, passos apressados do outro lado da porta, logo a abriram e me deparo com Leah.

-Olá! – Disse ela sorridente – Venha, entre – Disse ela me dando um espaço na porta para que eu passasse.

-Com licença – Eu disse entrando na grande casa. Era esplêndida, bem decorada, realmente seus pais tinham um bom gosto e um bom dinheiro. Edward já estava a mexer nas coisas da casa e quando olhou para mim, estreitei meus olhos para ele, que ficou quieto e se postou ao meu lado.

-Vamos lá para o jardim, fica melhor para fazermos o trabalho. – Disse ela andando e a acompanhei. Não poderia ser melhor, lá trás numa espécie de jardim-quintal tinha toda a vista para o lago uma espetacular vista. Sentamo-nos à mesa que estava coberta de livros de matemática. – Aqui está todo nosso trabalho – Disse ela com um sorriso amarelo e preguiçoso. Sorri tanto para ela, quanto para Edward que estava a correr pelo jardim com o cachorrinho da Leah o seguindo, não era a toa que diziam que animais podiam ver anjos, almas ou algo do tipo. – Esse cachorro não está muito bem – Disse ela olhando estranhamente para ele, que logo se aquietou, quando Edward sentou na grama e começou a acariciar seus pelos.

-Com certeza não. Sua casa é linda – Disse, tirando meus materiais da mochila.

-Obrigada, minha mãe é uma grande decoradora, por que se dependesse do papai, a casa não estaria assim.

-Seus pais estão em casa? – Perguntei por pura curiosidade – Ah me desculpe, estou querendo saber da sua vida.

-Ah não se importe, é bom conversar com alguém – Disse ela baixando o olhar, meio entristecido.

-Você não é amiga da Lauren? E da Jéssica? São tão juntas – Eu disse desconfiada, já pegando um dos livros e folheando.

-Na verdade, o que tenho com elas não chamo de “grande amizade”, acho que se aproximam de mim, por meus bens materiais, mas como só tenho elas de amigas, eu finjo que é por simples força de amizade mesmo.

-Ah – Só consegui dizer isso, então Leah era tão sozinha quanto eu. Fizemos o trabalho, e no final estávamos completamente esgotadas. Enquanto fazíamos a empregada da casa, a Ângela nos trouxe um lanche, essa foi à única pausa que fizemos. Conversamos ao longo do trabalho, sobre nós, e confesso que foi uma tarde bem agradável, acho que seríamos grandes amigas. Edward se jogou no lago levando com ele o cachorrinho da Leah, que se chamava Léo, fazendo graça ele saiu do lago se sacodindo que nem o cachorro, me fazendo rir, aparentemente de nada, o que fez Leah me olhar estranhamente.

Já eram sete da noite e papai ainda não tinha vindo me buscar. Liguei para ele, porém foi em vão.

-Se você preferir, o motorista pode te levar, eu te faço companhia até sua casa – Disse Leah, e aceitei, precisava descansar. Edward, quando fomos embora, acariciou a cabeça do Léo que ficou se esfregando nele, aparentemente no nada, o que fez Leah rir da palhaçada do cachorro.

Chegando a casa, agradeci a Leah pela carona, e percebi que as luzes da casa estavam acesas. Quando Leah já estava a virar a esquina entrei em casa. E uma fumaceira incrível cobria a sala, mas não era queimado, era um cheiro forte, porém desconhecido por mim. Andei mais um pouco e vi garrafas de bebida pelo chão. AH não, por favor! Cheguei à sala e papai estava estirado no sofá com um... Como se fosse um cigarro na mão, porém vários outros papeizinhos estavam espalhados pelo chão. Instantaneamente uma lágrima escorreu por meu rosto, me fazendo limpá-la logo em seguida. Edward estava ao meu lado, colocou sua mão em minha cintura e me guiou para a escada, fazendo-me subir para meu quarto. Ele trancou a porta assim que entramos, creio querendo evitar o último ocorrido.

-Tudo bem – Disse ele deitando comigo na cama, e me deixando chorar – Estou com você. Isso é só uma fase, e como todas as outras irão passar.

-Vai demorar? – Eu perguntei em meio a lágrimas – Por que eu acho que não aguentarei Edward, apesar da sua força, eu acho que não suporto.

-Shh, tenta dormir. Estou aqui com você, nada vai te acontecer, não vou falhar – Disse ele acariciando minhas costas, e agora sim, eu estava protegida, e nada temia. Na verdade só temia pela vida de meu pai, não poderia perde-lo eu tentaria fazer alguma coisa, mas meu medo me dominava, medo por ele reagir da forma que reagiu da última vez. E com grande dificuldade meus olhos foram lentamente se fechando, mas eu estava abraçada com minha proteção, então tudo estava bem. Por hora.