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Innocence - Capítulo I

19 de maio de 2011



Olá pessoal, como dito, aqui está o primeiro capítulo da fanfic Innocence. E não se esqueçam que a história é uma fanfic, logo há modificações no nome de personagens. Espero realmente que gostem, e se gostarem comentem por favor, preciso da opinião de vocês. Beijos e uma Boa leitura.

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Capítulo Um – Aquela terrível noite

Seattle - Julho de 1999

Entre as vielas escuras, numa noite fria de Seattle, Renné e sua filha Isabella andavam tranquilamente conversando. Contando como foi na escola, Bella sempre voltava mais triste a cada dia. E sempre pelo mesmo motivo. As meninas de sua classe a achavam inferior, estranha, não queriam ficar na presença de Bella, que era uma garota ótima, estudiosa, mas muito tímida, e não sabia se defender. Renné sempre era chamada na escola, sempre por Isabella está dispersa na aula, ou por causa de intrigas de outras meninas.

Enquanto andavam em direção ao carro que se encontrava no estacionamento da empresa distribuidora, onde Renné trabalhava, não sabiam elas que seriam surpreendidas por dois grandes homens, armados e de capuz. Renné colocou Bella atrás de suas costas, tentando de alguma maneira evitar, que a filha visse tal assalto.

-Entra no carro e fica calada – Disse o assaltante empurrando a mãe e a filha para o banco traseiro enquanto eles dominavam a direção. Assustada Renné apertava com toda força a filha, que soluçava, com a cabeça encostada em seu colo. Porém, Isabella aproveitou que os ladrões estavam distraídos em uma conversa, e pegou o celular da mãe que estava na bolsa ao seu lado. Renné tentou impedir a filha, mas Bella, já tinha telefonado para o pai.

-Pai, por favor! Eu e a mamãe estamos sendo sequestradas, vem salvar a gente! – Disse Bella aos sussurros, mas os ladrões a pegaram.

-O que você está fazendo pirralha? – Disse um dos homens parando o carro bruscamente e as puxando para fora do carro, fazendo-as ficarem sentadas no acostamento da via, enquanto os dois sacavam as armas e apontavam para elas. Isabella já estava chorando desesperadamente, chamando pelo pai. Renné estava mais receosa pela filha, ainda muito nova, que talvez tivesse um futuro trágico. – Para quem você ligou, hein garotinha? – Disse o homem menos alto, agora sem o capuz. Ele era moreno. Aproximou-se de Isabella e colocou a pistola em seu queixo – Para quem você ligou? – Perguntou ele agora mais rude.

-Para meu pai – Disse Isabella em lágrimas desesperadas. O marginal estava já apertando o gatilho sobre o queixo de Bella, quando Renné o agarrou e ouviram-se quatro tiros. Isabella ficou estática, olhando o ladrão sair de baixo de sua mãe, agora perfurada e morta. Os marginais olharam para Isabella, e um deles apontou a pistola para ela, porém o outro o parou, assim eles foram embora deixando Isabella e o falecido corpo de sua mãe, ali na beira da estrada.

Em meio a desesperadas e dolorosas lágrimas Isabella sacudia o corpo inerte da mãe, em alguma tentativa de vida, mas nada acontecia. Ela estava morta. Alguns momentos depois Charlie e algumas viaturas policias passaram pela via, a procura das duas, e pararam ali. Assim que o pai tinha saído do carro, Bella foi o abraçar. Agora os dois choravam, deparados com a pessoa que ambos amavam.

Saíram os dois dali. Ruma a casa onde viveram momentos felizes com a mulher que fazia os dias mais felizes, com a melhor amiga de Isabella, que se viu sozinha, apesar de ter seu pai, mas era completamente diferente.

Alguns dias tinham se passado desde tal acontecimento. Isabella passava as tardes chorando agarrada ao travesseiro da mãe, tentando recordar de seus carinhos, sua voz... Ficava ali deitada, inalando o cheiro que ainda restava da mãe. Charlie tinha se afastado do trabalho e ficava com Bella em casa. Apesar de ficar sozinho, em seu luto, o pai de Isabella sempre ia ao quarto ver sua filha que sempre estava a chorar, ou a ler. Era tanta dor, ver sua filha daquela maneira que Charlie tentava afoga-la bebendo. Não era muito acostumando ao álcool, então nos primeiros goles logo ficou embriagado, sem ver muito sentido no que fazia. Ainda ingerindo grande quantidade de qualquer tipo de bebida alcoólica, Charlie que estava sentado no sofá acabou caindo na profundeza do sono.

Isabella ainda limpando as lágrimas, desceu as escadas rumando para a cozinha, onde seu propósito era pegar algo para comer, apesar de não ter fome alguma ela sabia que precisava se alimentar. Passou pela sala, e viu seu pai deitado de qualquer maneira no sofá, correu alarmada até onde ele se encontrava e se ajoelhou ao seu lado. Sentindo o forte cheiro de álcool Isabella, fez uma careta e pegou o cobertor que estava no braço do sofá e cobriu o pai, o deixando confortável. Rumou para a cozinha, agora, sem intervenções e foi à geladeira tirando de lá iogurte e uma maçã, ao se virar rapidamente Isabella se assustou com a figura que estava parada a sua frente, assim deixando tudo cair ao chão. Com os olhos arregalados, a mão tapando a boca para não acordar seu pai com um grito, o coração batendo acelerado, Isabella estava diante de um rapaz alto, muito branco, com os cabelos cor de bronzes meio encaracolados, bagunçados, e dele vinha uma luz forte que fez Bella estreitar os olhos.

-Não grite – Disse o rapaz se aproximando de Isabella que se afastou com um passo para trás. – Preciso conversar com você Isabella – Disse ele novamente. Isabella ficou mais assustada.

-Como sabe meu nome? – Disse Isabella sussurrando, ainda com medo de acordar o pai.

-Sei de tudo sobre você – Disse ele sorrindo – Meu nome é Edward.

Isabella ainda assustada balançou a cabeça, em um ato de dizer que entendeu. Um barulho veio da sala, provavelmente Charlie teria acordado.

-Preciso conversar com você. Volto depois – Disse ele assim sumindo do nada. A boca de Bella se formou em um “O”, e assustada saiu correndo para o quarto, levando o iogurte consigo, mas antes de subir as escadas, olhando para trás, tombou com seu pai, que coçava os olhos.

-Aonde vai com tanta pressa? – Perguntou Charlie com a voz ainda confusa.

-Nada pai. Vou voltar pro quarto – Disse Isabella e voltou ao seu quarto. Sentou em sua cama ainda com o coração acelerado, pelo susto que havia tomado há pouco. Quem será que era ele? O tal do Edward? Ele apareceu de repente e sumiu da mesma forma. E como ele sabia o nome da garota?

De repente Isabella ficou com um medo maior, pois sabia que ele iria voltar a qualquer momento. Tomou seu iogurte, se formou em uma bola, cobriu-se com o edredom grosso, e abraçada com o travesseiro de sua mãe fechou os olhos e tentou ver, se aquilo não passou de um sonho, ou talvez um pesadelo.