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Innocence capítulo 17

4 de dezembro de 2011



O silêncio permaneceu na mesa, e finalmente tio Carlisle se recompôs, e voltou a falar.
–Isso me parece meio impossível, meu rapaz. A guarda de Isabella, foi passada para mim e acho que ela ainda não está preparada para um relacionamento fora dessa casa.
–Por favor, tio falta pouco para eu completar dezoito e conheço Edward muito bem e ele me conhece muito bem. Quando acabar o ano letivo eu vou morar com ele, e veja só, eu já serei maior de idade alguns meses depois disso. – Eu disse praticamente implorando para Esme.
–Bella, os deixe pensar, afinal teremos muito tempo para isso ainda – Disse Edward estendendo sua mão para mim sob a mesa. Peguei e sorri carinhosamente para ele.
–É Isabella, iremos pensar com carinho no assunto. – Disse Esme olhando para o marido.
Após a sobremesa fomos para a sala, mas não demorou muito e Carlisle e Esme subiram, estavam exaustos, e pediram para eu não me demorar muito com Edward.
–Tenho medo da decisão deles. – Eu disse.
–Não deveria – Disse Edward, estávamos abraçados, eu deitada sob seu peito – Afinal, você praticamente já é maior de idade, depende mesmo da sua decisão, mas eu queria fazer isso direito, queria morar com você, como se fosse legalmente. – Disse ele, e me levantei, ficando sentada em sua frente.
–Direto como? – Perguntei levantando uma das sobrancelhas.
–Casa comigo. Assim poderíamos ficar oficialmente juntos sem essa de falatório. Quero que você seja minha esposa. – Disse ele segurando minhas mãos.
–Edward, eu te amo, não posso negar isso. Mas ainda é muito cedo para falar em casamento. Vamos dizer que ainda não me sinto preparada para esse ato, de casar. Vamos juntar nossas coisas, e depois a gente casa. Eu quero aproveitar cada momento com você.
–E por quer não casada? Nosso amor não iria diminuir por causa do casamento Bella, pelo contrário só iria aumentar.
–Eu não sei. Terei que absorver isso tudo ainda.
–Eu já sei o que é. Você não me quer do seu lado tudo bem – Disse ele se levantando e indo para a porta. Fui atrás dele e segurei seu braço, fazendo ele se virar para mim. Peguei seu rosto em minhas mãos e juntei nossos lábios. Invadindo sua boca. Ele ficou tenso, mas logo suas mãos foram para a minha cintura, e minhas mãos para sua nuca, acariciando seus cabelos. Separei nossas bocas, e juntei nossas testas. Ele sorriu.
–Dúvidas de que quero você? Só me deixa pensar um pouco? Quero ficar com você, mas com calma, cada coisa de uma vez, ok?
–Tudo bem, eu é que me precipitei muito, não quero te forçar a nada. – Anunciou ele passando sua mão carinhosamente por minha face. – Eu te amo.
–Eu também te amo Edward, e não acredito que depois de tanto tempo, estamos finalmente juntos – Eu disse sorrindo. – Agora é melhor você ir, antes que Carlisle desça aqui e chute você para fora.
–Uh eu não quero ser chutado – Disse ele com as mãos tremendo, como se estivesse apavorado. – Vejo você amanhã, e amanhã você vai passar a tarde comigo lá em casa – Piscou ele para mim, já indo para seu carro – Leve aquela roupinha que eu queria te ver, certo? – Disse ele sorrindo maliciosamente.
–Vou pensar no seu caso, Sr. Cullen – Eu disse sorrindo e ele se foi.
Entrei em casa, e fui direto para o quarto. A situação estava meio irreal, era muita felicidade para mm, mas acho que depois de passa por tanta coisa, eu merecia um pouco dela. Deitei em minha cama e peguei o celular. Precisava atualizar Rose, de todas as novidades antes dela voltar.
Chamou, chamou e ninguém atendeu. Tentei novamente e nada. Uma terceira e última vez no terceiro toque ela atendeu.
–Por que demorou tanto para atender? – Perguntei exigente.
–Estava ocupada Bella, mas estou com saudades, como estão as coisas por aí?
–Perfeitamente bem. Preciso te contar uma coisa linda que aconteceu. Estou namorando um anjo – Isso realmente foi um trocadilho.
–Como assim? Você e Damen voltaram? – Perguntou ela animada.
–Não Rosalie, é uma longa história. Um amigo meu de infância voltou na cidade, faz um tempo e não queria contar para você, estamos namorando e o nome dele é Edward.
–Preciso vê-lo. Mas só volto daqui a dois dias. Jasper está mandando um beijo para você – Disse ele, mandando o irmão calar a boca do outro lado da linha.
–Mande outro para ele. Quando você voltar te atualizo de mais coisa, por telefone não dá para contar. – Eu disse dando um tchau logo em seguida e desligando o telefone.
***
Na manhã seguinte liguei para Edward e disse que só iria para sua casa à tardinha, depois do colégio. A manhã passou se arrastando como o esperado. E sem Rosalie e Jasper parecia que o tempo queria me torturar. Finalmente o último sinal tocou anunciando o começo da tarde. Fui direto para casa, porém me surpreendi quando passei pelo portão. Havia dois carros desconhecidos na entrada, será que Rose tinha voltado com as tias? Estacionei meu carro na garagem, e meio desconfiada entrei.
–Há quanto tempo Isabella – Disse aquele desgraçado que pôs meu pai na cadeia. Estanquei na porta. Pensei em correr, meu corpo já estava se virando, mas ele falou – Não, não. Não adianta correr querida, meus homens estão cercando toda a casa, sua empregadinha está sob a mira da minha pistola, e há dois capangas no hospital onde seus queridos tios trabalham, então é melhor seguir as minhas regras.
Não tinha para onde fugir. Se eu reagisse, as pessoas que eu amava morreriam. Desistindo e sem opções, fechei a porta atrás de mim e andei lentamente até o sofá onde Maria estava sentada, chorando, desesperada, a pistola bem no seu pescoço.
–Já estou aqui, então pode tirar a arma da pele dela por favor. – Eu disse tentando manter a calma, mas não dava, por dentro eu estava tremendo tatno quanto Maria. Afinal o que ele queria? – Sam, o que você quer? Meu pai já foi preso no seu lugar e no de Paul, ele já está sofrendo muito por sua culpa, o que você ainda quer?
–Isabella, querida. As coisas para quem se mete comigo não são tão simples. Seu pai foi pego como meu cumplice, mas foi ele quem causou tudo isso. Consegui fugir por pouco. Paul morreu por causa dele, meu irmão, foi morto por causa do seu pai. Seu querido papai – Disse ele se afastando de Maria e andando pela sala – Foi dizer tudo o que sabia de mim à polícia, e quando perguntaram como ele sabia daquilo, ele mesmo se entregou, e disse onde eu estava escondido. A polícia matou meu irmão e eu consegui fugir, ainda ferido. Então acho que chegou a sua hora Bella. – Disse ele apontando a arma para mim. Eu não podia chamar Edward. Agora ele era mortal, não podia chamar Alice, ela não era minha protetora, ela aparecia por vontade própria. Era o meu fim, quando eu estava começando a ter uma vida normal e com quem eu amava.
–Espera Sam – Eu disse minha mão esticada para ele – Por favor, vamos conversar, eu não quero esse fim para você, porque se você me matar terão muitas consequências.
–Não quero negociar com você. Só quero vingança.
–Do que irá adiantar? Não irá trazer seu irmão de volta – Eu disse já em lágrimas, que saíam como um apelo, como se pudesse me salvar. Do que adiantava lutar para ter uma vida cheia de felicidades se a qualquer momento o seu passado poderia voltar a tona e te matar? Nada adiantava.
No momento em que ele olhava para mim com um ar realmente de matador, seu celular tocou.
–O que?! Como assim? Eu dei ordem para que matassem eles! – Disse ele bravo ao telefone. O desespero tomou conta de meu corpo. Ele provavelmente estava falando de meus tios. – Agora é tarde, a cidade está cheia, deixe, deixe para lá, saiam daí, vão para a cabana, chegarei lá em poucos minutos – Venha vadia, você vai comigo – Disse ele vindo em minha direção e me puxando rudemente pelo braço.
–Para onde vai levar a Isabella? Deixe-a me leve! – Disse Maria, porém Sam se virou e acertou um tiro em sua barriga, ela caiu de joelhos e tombou para o lado.
–NÃO! – Gritei horrorizada – SEU MONSTRO, ELA NÃO TE FEZ NADA!
–Cala a boca, se não você será a próxima! – Disse ele me arrastando, enquanto eu chorava desesperada, sem ter como reagir. Eu agora era um fantoche e ele me manuseava.
Entramos em seu carro e ele arrancou pela estrada, saindo da cidade. Eu ainda estava em lágrimas, ter visto Maria ser baleada e possivelmente morta, tinha acabado ainda mais comigo. Após mais ou menos uma hora, entramos na floresta, adentrando cada mais fundo no escuro do seu interior, as árvores largas e altas davam um ar sombrio à área. Não demorou muito, ao adentrarmos na floresta, e o carro parou em frente a uma pequena cabana. Típico de filmes.
– Ande logo - Ordenou Sam me arrastando do carro e me trancando em um dos pequenos quartos da cabana. Aquele lugar estava imundo e o cheiro de bolor inundava a casa inteira.
Provavelmente aquele seria o meu fim. O fim do meu futuro, o fim do meu presente, o fim do meu relacionamento com Edward, o fim da minha vida.